Resumo
Este trabalho comparou assinaturas físicas em papel e caneta e produzidas em tela de celular com diferentes instrumentos: dedo indicador e mínimo livres, dedo em posição de pinça (“finger pen adaptada”), e caneta stylus em tela de celular, sem treino prévio e com treino de dois minutos. Foram analisados diferentes elementos discriminadores da escrita (morfologia, alógrafos, método de construção, andamento, espaçamentos interliterais e intervocabulares, conexões, alinhamentos, inclinação, calibre, proporção, velocidade, dinamismo, qualidade do traçado, ataques e remates, valores angulares e curvilíneos). As amostras foram produzidas por 20 voluntários adultos com escrita automatizada. De maneira geral, os elementos discriminadores da escrita que mais apresentaram alteração foram: qualidade do traçado, valores angulares e curvilíneos, calibre e dinamismo. Os que apresentaram menor alteração em relação às assinaturas em papel e caneta foram o método de construção e alógrafos utilizados. Os resultados vão de encontro a literatura, reforçando que a ponta dos dedos não possui a mesma precisão e acurácia que o uso de caneta, apresentando menor reprodutibilidade de traçado. O instrumento em tela mais comparável com papel e caneta foi uso de caneta stylus. Com relação ao treino, os resultados corroboram achados anteriores de que o treino auxilia na adaptação do movimento grafomotor, em especial no caso de dedos desprovidos de memória muscular. Observou-se ainda que assinaturas totalmente estilizadas apresentaram menor mudança qualitativa que assinaturas legíveis.