Abstract
Em que pese sua limitação, a frequência fundamental sempre foi amplamente utilizada como parâmetro forense e, de acordo com os resultados da primeira pesquisa internacional sobre práticas de Comparação Forense de Locutor, é utilizada por quase todos os foneticistas forenses que realizam algumas análises que não são puramente auditivas. Essa importância se reflete em inúmeras produções científicas sobre distribuições de F0 de longo termo descritas nas mais diversas línguas. Na medida em que inexistem tais publicações para falantes do português brasileiro, este artigo visa a preencher tal lacuna, descrevendo estatisticamente as medidas mais utilizadas por peritos em uma distribuição de frequência fundamental de longo termo em um corpus de 100 falantes do Português Brasileiro da variedade subpadrão, em registro modal falada na capital do Estado de São Paulo.