Resumo
O estudo abordou a aplicação do teste de diatomáceas na determinação forense de ocorrências de afogamento. O objetivo foi avaliar sua eficácia e comparar métodos de extração, com base em publicações científicas relacionadas. Foram discutidos três métodos: extração ácida, Microscopia Eletrônica de Varredura Automatizada - Digestão por Micro-ondas - Filtração a Vácuo (MD-VF-Auto MEV) e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A extração ácida se destacou pela simplicidade e baixo custo (72% de taxa de uso entre as publicações científicas selecionadas neste estudo), enquanto o MD-VF-Auto MEV mostrou-se eficiente, porém mais complexo e de maior custo, e a PCR foi eficaz, com destaque para locais com poucas diatomáceas. A presença de diatomáceas em pulmões e órgãos distantes indicou afogamento, sendo correlacionada à ocorrência de ruptura alvéolo-capilar. Diatomáceas menores atravessam mais facilmente essa barreira. Os testes apresentaram alta eficácia em casos típicos de afogamento, variando, no entanto, em imersões post mortem e locais com poucas diatomáceas. A seleção criteriosa do método de extração, a prevenção da contaminação e a consideração das circunstâncias do afogamento foram enfatizadas para análises com maior exatidão. O estudo destaca a relevância do teste como abordagem confiável na análise forense de casos de afogamento.