Resumo
O uísque é uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no mundo. Esse amplo e lucrativo mercado é alvo constante de adulterações dos mais variados métodos, desde troca ou modificações de rótulos e simples adições de água, até a completa falsificação da bebida, usando os mais diversos produtos químicos que em sua maioria são tóxicos e perigosos à saúde humana. Assim, diversas técnicas são utilizadas e métodos são desenvolvidos para a análise de quaisquer amostras de uísque suspeitas, a fim de identificar possíveis adulterações e auxiliar a justiça. A maioria das técnicas se direcionam a análise de congêneres e concentrações de etanol em uísques. O emprego de métodos estatísticos para o tratamento dos dados gerados pelos equipamentos analíticos permite uma maior rapidez na análise, além de se poder catalogar as amostras. Este artigo de revisão sistemática teve o objetivo de identificar as principais adulterações e procurar na literatura científica recente (2010-2022), as técnicas mais utilizadas para a análise de uísques. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico e Periódicos Capes, utilizando os termos “whisky” “adulteration”, “analytical techniques” e “falsified”. De forma geral, evidenciou-se que as análises de congêneres são realizadas através de métodos espectroscópicos e cromatográficos. Métodos colorimétricos são utilizados para quantificar as concentrações de etanol ou de corante caramelo. Algumas técnicas dispensam a diluição das amostras ou o preparo de amostras, podendo a amostra ser analisada diretamente da garrafa, diminuindo o custo e tempo. Ademais, os métodos desenvolvidos recentemente têm se mostrado muito úteis para as análises, e o avanço tecnológico das técnicas e métodos vêm atingindo um dos principais objetivos do desenvolvimento de novos métodos analíticos: rapidez, confiança e baixo custo. Assim, o desenvolvimento de novas técnicas analíticas, tem aumentando a segurança de produtores, comerciantes e consumidores em relação à falsificações de uísque.