Óbitos decorrentes de intoxicação oral por cianeto – análise de 13 casos e dos riscos ocupacionais envolvidos


Аннотация

O cianeto, uma toxina mitocondrial, é considerado uma das substâncias mais letais com as quais podemos ter contato. Há diversos compostos de cianeto, sendo mais frequentes sais de sódio ou potássio, gás cianídrico ou glicosídeos cianogênicos em plantas. A maioria das intoxicações é por via oral, sendo grande desafio diagnóstico em unidades de atendimento médico e na investigação forense dos óbitos. O manejo de cadáveres intoxicados por cianeto apresenta risco ocupacional pela potencial exposição a gases proveniente do corpo. Considerando a escassez de dados nacionais sobre este tema, foi realizado estudo com 13 laudos de necropsias de intoxicações orais por cianeto do Laboratório de Toxicologia do Instituto Médico Legal André Roquette, no período de 2002 a 2018. Em sete casos foi sugerida a suspeita de suicídio, sendo o restante classificado como morte “a esclarecer”. A maioria eram homens (84,6%), brancos (76,9%) e a idade média foi de 41,8 anos. Houve atendimento médico previamente à morte em quatro periciados. Quanto às alterações externas, três indivíduos apresentaram cianose cutâneo-mucosa. O cheiro de amêndoas amargas e a coloração avermelhada da pele ou dos livores não foram descritos em nenhum dos casos. Ao exame interno, as alterações mais prevalentes foram secreção espumosa no interior dos pulmões e petéquias viscerais. Alterações gástricas foram constatadas em três periciados. A alcoolemia foi pesquisada para a maioria, com resultado positivo em dois periciados. Estes dados contribuem para o melhor delineamento epidemiológico das vítimas fatais de cianeto em intoxicações orais, podendo contribuir para o melhor conhecimento destas ocorrências.


Библиографические ссылки

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Авторы)

  • Leonardo Santos Bordoni,
  • Tauer Jordani Gusmão do Couto,
  • Sumaia Alves Moura Chaves do Carmo,
  • Polyanna Helena Coelho Bordoni,
  • Leonardo Santos Bordoni

    Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR), Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG), Brasil. Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME-FUNJOB), Barbacena (MG), Brasil. Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH), Vespasiano (MG), Brasil. Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto (MG), Brasil.

    Tauer Jordani Gusmão do Couto

    Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR), Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG), Brasil

    Sumaia Alves Moura Chaves do Carmo

    Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), Belo Horizonte (MG), Brasil

    Polyanna Helena Coelho Bordoni

    Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR), Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG), Brasil

    Médica (UFMG - 2010) especialista em Medicina do Trabalho (HC/UFMG 2013). Médica Legista da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (2014). Mestranda em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência na Faculdade de Medicina da UFMG.

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