Resumo
A Medicina Legal aplica princípios médicos no campo jurídico e a Antropologia Forense é fundamental para a identificação de indivíduos desconhecidos. Nesse campo, técnicas de imagem têm ganhado destaque devido aos avanços tecnológicos, emergindo como ferramentas cruciais na identificação humana, especialmente em desastres em massa. O objetivo deste estudo foi revisar o uso de técnicas radiológicas na identificação forense de cadáveres. A metodologia incluiu a análise de 22 artigos completos, publicados entre 2007 e 2023, em português, inglês, alemão e espanhol, encontrados nas bases de dados PubMed e Google Scholar. Os resultados mostraram que as técnicas utilizadas incluem radiografias tradicionais e dentárias, tomografias computadorizadas (TC), angiotomografias e ressonâncias magnéticas (RM) post-mortem. Além de sua aplicabilidade na identificação humana, essas técnicas são úteis para realizar reconstruções craniofaciais em 2D e 3D e para a identificação de lesões. Em conclusão, as técnicas de imagem são promissoras na identificação forense por oferecerem um método minimamente invasivo e por complementar, mas não substituir, as autópsias convencionais. No entanto, enfrentam desafios como a falta de padronização e custos elevados.