A importância da papiloscopia na identificação de vítimas de acidentes de massa


Resumo

Acidente de massa é um evento de grande magnitude e natureza singular cujas vítimas podem ser encontradas em diferentes condições. A identificação papiloscópica de um corpo conservado é um procedimento simples que fornece resultados rápidos. Entretanto, corpos que sofreram danos físico-químicos e alcançaram estágios mais avançados de decomposição são mais difíceis de identificar em razão da má conservação tecidual. Realizou-se um levantamento bibliográfico com o objetivo de elucidar a aplicabilidade da papiloscopia para a identificação de quatro diferentes tipos de vítimas fatais de acidentes de massa. Constatou-se que a identificação positiva das   vítimas nesses casos se dá pela escolha da melhor técnica para coletar e analisar o material papiloscópico, a partir da identificação dos danos sofridos, ajudando inclusive a reconstruir e identificar a natureza do acidente, sendo utilizada também para a investigação criminal.


Palavras-chave

ACIDENTE DE MASSA
IMPRESSÃO DIGITAL
CARBONIZAÇÃO
MUMIFICAÇÃO
SAPONIFICAÇÃO

Referências

  1. N.M. Gaglietti, R.H.A. Silva. Primary Identification Methods and their Effectiveness in Mass Disaster Situations: A Literature Review. Arab Journal Of Forensic Sciences And Forensic Medicine 1, 553-559, 2017.
  2. J.B. Pramod, A. Marya, V. Sharma. Role of forensic odontologist in post mortem person identification. Dental Research Journal 9, 522-530, 2012.
  3. B.T. Johnson, J.A.J.M. Riemen. Digital capture of fingerprints in a disaster victim identification setting: a review and case study. Forensic Sciences Research 4, 293-302, 2018.
  4. F. Zanella. O uso da datiloscopia na medicina forense. JusBrasil, 2015. Retirado em 01/08/2020, de http://fezanella.jusbrasil.com.br/artigos/151084988/o-uso-da-datiloscopia-na- medicina-forense.
  5. A.M. Aguiar Filho. A eficiência da perícia necropapiloscópica na identificação de vítimas em desastre de massa, em casos de repercussão e na identificação de cadáveres ignorados. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Perícia Criminal), Universidade Paulista – UNIP, 2011.
  6. L.G. de Araújo,R.C. Biancalana, A.S.S.D. Terada, L.R. Paranhos, C.E.P. Machado, R.H.A. da Silva. A identificação humana de vítimas de desastres em massa: a importância e o papel da Odontologia Legal. Revista da Faculdade de Odontologia - Upf 18, 224-229, 2014.
  7. D. Porta, M. Maldarella, M. Grandi, C. Cattaneo. A New Method of Reproduction of Fingerprints from Corpses in a Bad State of Preservation Using Latex. Journal Of Forensic Sciences 52, 1319-1321, 2007.
  8. M. Mulawka. Postmortem Fingerprinting and Unidentified Human Remains. Elsevier, 2014.
  9. L.L. Mizokami. Estudo morfológico comparativo das superfícies epidérmica e dérmica: perspectivas na identificação necropapiloscópica. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília, 2014.
  10. Interpol, Disaster Victim Identification: DVI Guide, 2018. Retirado em 01/08/2020, de https://www.interpol.int/How-we-work/Forensics/Disaster-Victim-Identification-DVI.
  11. National Institute of Justice. Mass Fatality Incidents: a guide for human forensic identification, 2005. Retirado em 01/08/2020, de https://www.ncjrs.gov/pdffiles1/nij/199758.pdf.
  12. N.A. Lopes et al. Plano de Contingência para Atuação em Eventos Fatais com Multidão. Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, 2008.
  13. O. Peschel, W. Eisenmenger. Airplane Crashes and Other Mass Disasters. Encyclopedia of Forensic Sciences, 188-192, 2013.
  14. C. Cattaneo. Encyclopedia of Forensic Sciences, Forensic Anthropology: An Introduction. Elsevier, 2013.
  15. L.S. Bordoni, A.J. da Silva, F.C. dos Santos, P.H.C. Bordoni. Identificação de segmento corporal – relato de caso e discussão dos aspectos médico-legais. Revista Brasileira de Criminalística 7(2), 26-33, 2018.
  16. A.J. da Silva, F.C. dos Santos, M.M. de Castro, P.H.C. Bordoni, L.S. Bordoni. Identificação Papiloscópica em Cadáveres Carbonizados – Considerações Médico Legais e a Importância da Integração Pericial. Brazilian Journal Of Forensic Sciences, Medical Law And Bioethics 7, 205-222, 2018.
  17. E. Iwakami. Restoration of Fingerprints from a Mummified Cadaver. Journal Of Forensic Research 4, 1-4, 2013.
  18. D.H. Ubelaker, K.M. Zarenko. Adipocere: What is known after over two centuries of research. Forensic Science International 208, 167-172, 2011.
  19. K. Klemczak, T.M. Szczepanski, U. Wieckiewicz, T. Kulczyk. Identification of a Buried Cadaver Based on Finger Ridge Characteristics of a Hand Protected by a Latex Glove. Journal Of Forensic Sciences 60, 254-256, 2014.
  20. C-C. Chen, C-K. Yang, C-Y. Chen, H.C. Lee, S-M. Wang. Comparison of rehydration techniques for fingerprinting the deceased after mummification. Journal of Forensic Sciences 62, 205-208, 2017.
  21. L.O. Morgan, M. Johnson, J. Corneloson, C. Isaac, J. deJong, J.A. Prahlow. Two novel methods for enhancing postmortem fingerprint recovery from mummified remains. Journal of Forensic Sciences, 64, 1-5, 2018.
  22. S.A. Gunawardena, R. Samaeanayake, V. Dias, S. Pranavan, A. Mendis, J. Perera. Challenges in implementing best practice DVI guidelines in low resource settings: lessons learnt from the Meethotamulla gargabe dump mass disaster. Forensic Science, Medicine and Pathology, 15, 125-130, 2019.
  23. J-H. Yang, J.J. Yoh. Forensic Discrimination of Latent Fingerprints Using Laser-Induced Breakdown Spectroscopy (LIBS) and Chemometric Approaches. Sage Journals – Applied Spectroscopy 72, 1047-1056, 2018.
  24. B. Su. Recent progress on fingerprint visualization and analysis by imaging ridge residue components. Anal Bioanal Chem 408, 2781-2791, 2016.
  25. C. Newmann, D.E. Armstrong, T. Wu. Determination of AFIS “sufficiency” in friction ridge examination. Forensic Science International 263, 114-125, 2016.
  26. L. Cipolloni, B. Baldari, L. Besi, M. Scopetti, M.D. Sanzo, S. Ursu, V. Fineschi. Management of victims occurred in mass disaster: The experience of center Italy earthquake 2016. Journal of Forensic and Legal Medicine 62, 19-24, 2019.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Revista Brasileira de Criminalística

Compartilhe

Download

Autor(es)