Résumé
Há pouco mais de dez anos, um novo paradigma para algumas disciplinas forenses foi pela primeira vez descrito. Nesse novo modelo, o arcabouço Bayesiano para avaliação da evidência foi proposto como um modelo teórico comum para a interpretação da evidência. Nos exames de Comparação Forense de Locutor, os esforços para a adoção dessa abordagem já haviam sido iniciados bem antes do novo paradigma proposto, seja na metodologia automática, seja na metodologia combinada clássica. No Brasil, onde se tem optado pela adoção de um modelo binário de decisão e pela adoção de uma escala clássica de probabilidades para expressão dos resultados, os peritos têm, no arcabouço bayesiano, uma boa alternativa. A adoção desse arcabouço requer, porém, a obtenção de uma base de dados suficientemente representativa. O objetivo do presente artigo é fazer uma revisão do arcabouço teórico bayesiano nas metodologias utilizadas em Comparação Forense de Locutor, bem como propor um esboço de uma base de dados de fala forense a ser utilizado no Estado de São Paulo