Resumo
Crimes sexuais representam um desafio significativo para a investigação criminal, exigindo métodos precisos para identificação de vestígios biológicos. A utilização de luz forense e testes imunocromatográficos para detecção de PSA tem se mostrado promissora, embora existam limitações na discriminação de fluidos corporais. Em se tratando de amostras forenses, nem sempre é possível a visualização da mancha a ser analisada, como também é comum a mistura de material biológico nos suportes enviados para análise. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da combinação de luz forense e teste imunocromatográfico para detecção de PSA na identificação de sêmen em diferentes condições de armazenamento. Amostras de sêmen, urina e misturas de ambos foram preparadas em fragmentos de tecidos e submetidas a diferentes condições de armazenamento (papel e plástico) por até 20 dias. Os resultados mostraram que a luz forense é eficiente para localizar manchas biológicas, mas não discrimina entre fluidos como sêmen e urina. O teste de PSA, por outro lado, apresentou alta especificidade para detecção de sêmen, independentemente do tipo de invólucro, embora a intensidade da detecção tenha diminuído em amostras armazenadas em papel por 20 dias. As análises reforçam a necessidade de combinação dos métodos para maior precisão na identificação de evidências biológicas em crimes sexuais.