Resumo
A antropologia forense e a radiologia forense desempenham papeis complementares e essenciais nas investigações criminais e na identificação de restos mortais. A antropologia forense, com suas raízes históricas na anatomia europeia e desenvolvimento na América, utiliza técnicas osteológicas para determinar características individuais como idade, sexo, ancestralidade e estatura dos restos mortais, além de estimar o tempo desde a morte e reconstruir eventos traumáticos. Em contraste, a radiologia forense emprega métodos de imagem, como radiografias, tomografias computadorizadas e ressonância magnética, para identificar lesões ósseas e teciduais que não são visíveis externamente, contribuindo para a análise de traumas, determinação da causa da morte e identificação de vítimas desconhecidas.A colaboração interdisciplinar entre antropólogos e profissionais das técnicas radiológicas é crucial para uma análise abrangente e precisa dos restos mortais. Questões éticas, como privacidade e consentimento informado, são importantes ao utilizar dados médicos e imagens em investigações forenses. Avanços tecnológicos, como a reconstrução facial tridimensional e a antropologia virtual, têm melhorado a eficácia e precisão das análises forenses, oferecendo novas ferramentas para a identificação e análise de vítimas. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas técnicas são fundamentais para aprimorar as práticas forenses.Este artigo explora a interseção entre antropologia forense e radiologia forense, destacando a importância da colaboração interdisciplinar, abordando questões éticas e examinando os avanços tecnológicos recentes. Também identifica lacunas na pesquisa atual e sugere direções para futuras investigações que possam aprimorar as técnicas e abordagens forenses, ressaltando o impacto significativo da tecnologia na evolução das práticas forenses.